A escolha certa

Domingo. Dia com "D" de descansar. Dia de ir ao parque, assistir a um filme, almoçar em família. Só que hoje, o domingo de todo brasileiro foi um pouco diferente. Houve uma responsabilidade por parte de cada um de levantar a bunda do sofá para levantar a bandeira que quer que o represente. Apertar o botão que muda o país, a sua forma de pensar ou talvez apenas a rotina de seu domingo. Você ouviu muito, leu muito, custou a acreditar - talvez não muito -, mas a sua escolha foi carimbada e confirmada. Então, meu caro leitor e eleitor, eu espero que você tenha feito a escolha certa, porque, se não, o seu representante pode te assombrar por - mais - quatro anos.

Insisto em argumentar que a democracia funciona apenas em partes na prática, uma vez que há compra de votos, manipulações e decisões fora do nosso alcance. Mas há uma necessidade de mostrar que, o pouco que temos de atitude, faz a diferença para uma nação inteira. Ou, talvez, desconhecemos o poder de bilhões de pessoas para fazer a democracia funcionar com mais precisão. A questão é que você vote consciente. Não vote no cara com o nome legal, não vote na mulher que canta porque ela tem uma voz bonita e não vote em um presidenciável só porque, provavelmente, ele (ela) vai ganhar de qualquer jeito. O candidato é o seu reflexo, a sua voz. Você precisa, pelo menos, se identificar com ele, concordar com as propostas, estudar o seu passado. Isso é votar consciente. Isso é fazer a escolha certa. A política é o pilar de um país e o nosso está desmoronando. Você pode não acreditar ou ignorar, mas ela te afeta direta e indiretamente. E, aí, você não ouse gastar saliva para difamar o governo, não ouse dizer que a culpa é da Dilma. A presidenta é apenas uma das milhares de pessoas que são culpadas e uma delas é você, que votou nela. Ah, mas ela ia ganhar mesmo, não é?

O Brasil, como eu já havia dito em outro texto, é composto pela predominância de pessoas ignorantes. Desde a falta de conhecimento do candidato até a dificuldade de aceitação de novas propostas. O conservadorismo ainda é característica marcante num país capitalista, que deveria sempre estar em constante evolução não só economicamente, mas no sentido comportamental também. É por isso que quem apoia a igualdade, propõem medidas de progresso, não é eleito. O que falta por aqui é o que acontece em países de primeiro mundo: as pessoas crescem junto com a nação. É por isso que você só decidiu o seu representante hoje, no dia da eleição, pegando "papeiszinhos" no chão. Da próxima vez, estude mais o seu candidato. Afinal, você terá quatro anos pra isso. E se você votou consciente hoje, muito bem. Eu espero que você tenha feito a escolha certa.


- Mariana Sanches Moraes