Mil vezes: Audrey Hepburn
A bailarina que morava dentro de Audrey Kathleen Ruston se desmanchara com a frustração de saber, através de uma professora, que ela tinha altura demais e talento de menos para seguir com sua carreira no Ballet. Mas há males que vem para o bem. Talvez, a vida só estava reservando-a para algo melhor: o cinema.
A eterna bonequinha de luxo começou em um pequeno papel para um documentário em 1948 e, logo, ganhou notoriedade dos críticos, o carisma do público e o título de "atriz mais bonita da história de Hollywood" ainda há pouco, em 2009. Contrapartida, o que se sabe sobre o glamour é que, geralmente, antes dele vêm os problemas e complicações na vida. Com Audrey Hepburn não foi diferente. A atriz e modelo passou por dificuldades na Segunda Guerra Mundial, época na qual morou na Holanda, muitas vezes se alimentando apenas de folhas de tulipas para sobreviver. Ainda em território holandês, Hepburn trabalhava como bailarina para arrecadar dinheiro para um movimento de resistência aos nazistas. Além da dura fase que passara durante a Guerra, ela também lamentava muito por seu pai tê-la abandonado, quando tinha seis anos de idade.
O maior desejo de Audrey Hepburn era o de se tornar mãe. Após quatro abortos, tivera seu primeiro filho, Sean Hepburn Ferrer e, anos depois, seu segundo, Luca Dotti. Sempre cheia de esperança, força e uma elegância inestimável, a grande estrela dos cenários de Hollywood se tornou uma das únicas pessoas a receber as quatro premiações mais importantes de entretenimento: Emmy, Grammy, Oscar e Tony.
Audrey Hepburn foi, sem dúvidas, muito além de seus papéis e poses em revistas. Foi uma mulher de fibra, personalidade, simpatia. A sua beleza não estava nem mesmo a tangenciar o ideal dos anos 50 e 60, mas, de forma alguma, deixou ela de ser absolutamente linda. Magrinha, meiga, engraçada. Essa era a sua definição por ela mesma. Sabemos, porém, que a sua existência foi muito mais do que apenas adjetivos superficiais. A atriz se concentrou em um deles - nada superficial - que a rendeu o cargo de humanista: o altruísmo, a solidariedade. Dessa forma, se tornou Embaixatriz da Unicef, ajudando crianças necessitadas de cuidados médicos, educação e comida.
Falecida em 1993, aos 63 anos, uma de suas personagens, Holly Golighly de "Bonequinha de Luxo", é até hoje uma referência no mundo da moda e um clássico hollywoodiano. Sua morte se deu devido à um câncer no apêndice, durante o sono. Sua marca, porém, estará para sempre na memória de quem teve a oportunidade de saber - pelo menos um pouco - sobre a vida dessa grande influência.
Acabou?
Curiosidade: Em 1990, seu nome fora atribuído à uma nova espécie de tulipa.
Frases:
-"Lembre-se que se algum dia você precisar de ajuda, você encontrará uma mão no final de seu braço. À medida que você envelhecer, você descobrirá que tem duas mãos - uma para ajudar a si mesmo, e a outra para ajudar aos outros."
-" Para ter lábios atraentes, diga palavras doces; para ter olhos belos, procure ver o lado bom das pessoas; para ter um corpo esguio, divida sua comida com os famintos; para ter cabelos bonitos, deixe uma criança passar seus dedos por eles pelo menos uma vez por dia; para ter boa postura, caminhe com a certeza de que nunca andará sozinho."
-"Casar é trocar a admiração de vários homens pela crítica de um só."
-"O segredo da minha lucidez é não acreditar em juventude eterna."
- "Eu amo as pessoas que me fazem rir. Sinceramente, acho que é a coisa que eu mais gosto, rir. Cura uma infinidade de males. É provavelmente a coisa mais importante em uma pessoa."
- Mariana Sanches Moraes
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