Não vale a pena alguém que te faz prendê-lo em nome do amor



Primeiro, eu gostaria de te deixar saber que um dos maiores objetivos da sua vida - mesmo que inconscientemente - é encontrar a pessoa certa. Eu, que ainda teimo em discordar das palavras postas de forma errônea, prefiro dizer que é encontrar a pessoa que você vai querer passar o resto de seus dias ao lado dela. Logo, encontrar um amor não é o mesmo que amarrá-lo. Cuidado.

Acredito que namorar com alguém apenas com o intuito de não ficar sozinha é um tanto quanto imaturo, equivocado e, de certo modo, receoso. As pessoas não devem depender uma das outras para serem felizes. Nascemos sozinhos e iremos morrer da mesma forma, sozinhos. Então, não tenha medo de viver com a sua própria companhia. Faz bem. Porque, ás vezes, não compensa o tempo e não vale o esforço se desvirtuar por alguém em nome de um pseudo-relacionamento-patético. Sejamos francos conosco e fortes para dizer "não" quando a carência bate - mesmo que bata sem dó.

Eu entendo, contudo, que pessoas têm sonhos. Para a maioria, o de casar é prioridade. Afinal, efetuar compromisso de fidelidade até que a morte separe, subir ao altar, trocar alianças enquanto os olhares se cruzam dealvando a alma parece cenário vindo dos sonhos mais altos. E, para os que o desejam, deve virar realidade. Porém, vejo muitos casais presos um ao outro, não entre lençóis, e sim por quererem estar casados e só. O amor não vem ao caso. O que importa é não deixar que a primeira oportunidade passe batida, porque "vai que é a última?! ".

Ainda, existem - pasme -  aquelas mulheres que "amarram" os homens, ou vice-versa, para casar por medo de serem vistas com "maus olhares"(?) pela sociedade(??). E quando eu digo "amarram", não é no sentido de amarrar a pessoa com cordas numa cadeira no porão da casa, mas admitir qualquer negócio para não perder a pessoa. Simplesmente para afirmar nos papéis, nas redes sociais, nas mesas de bar, nas fotos, nas ruas que "sim, eu tenho alguém".

 A impressão que eu tenho é que essas pessoas estabelecem um prazo para encontrarem alguém minimamente interessante que ature viver ao seu lado "para todo o sempre". Estabelecem regras e limites. Sofrem para conseguir alcançar as expectativas alheias e se desgastam para convencer os outros que antes dos trinta vai dar um jeito de achar o amor de sua vida. E convencem. Tanto que isso se volta contra elas depois. Não existe idade, certo e errado ou cedo e tarde quando o assunto é amor. Soa como moral de uma comédia romântica estrelado pela Jennifer Aniston? Soa. Mas é uma moral fatídica. Vá por mim, não merece o teu sorriso de cada dia nem teus encantos de cada mania, a pessoa que te faz exigir muito mais dela do que ela de você. Tem que haver reciprocidade. Caso contrário, meu caro leitor, espero que a morte não demore muito.


- Mariana Sanches Moraes

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